|
|
TRANSPORTES NO RIO
GRANDE DO SUL |
|
|||||||||||||||||||||
|
|
|
|
O ESTADO . . .
|
CAPITAL |
Porto
Alegre |
|
|
ÁREA |
282.062,0
km2 |
|
|
POPULAÇÃO |
9.971.910
hab. |
|
|
PRINCIPAIS CIDADES |
Porto Alegre Caxias do Sul Pelotas Canoas |
1.314.032 hab. 349.581 hab. 315.415 hab. 294.125 hab. |
FONTE: IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - 1999.
. .
. E SUA ECONOMIA
|
PRODUTOS
AGRÍCOLAS (Em 106 t/ano) |
Arroz Soja Milho Mandioca |
5.630 4.444 3.211 1.319 |
|
PRODUTOS
MINERAIS (Em 103 t/ano) |
Carvão Cobre Prata(kg) |
3.177 6,3 1.140 |
|
PECUÁRIA E CRIAÇÕES (milhões
de cabeças) |
Bovinos Ovinos Suínos |
13,7 5,2 4,1 |
|
PRINCIPAIS
INDÚSTRIAS |
Calçados, alimentícia e química. |
|
|
Participação no PIB Nacional |
6,98% |
|
Dados de 1998.
A economia gaúcha, voltada para o setor agrícola e a indústria de
transformação, especialmente de alimentação e calçados, serve-se de uma extensa
rede de transportes, composta por rodovias, ferrovias, hidrovias e portos.
Uma perspectiva importante sob a qual deve ser visto o sistema de
transportes do Rio Grande do Sul é aquela que ressalta sua importância para a integração
dos mercados da Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, o MERCOSUL.
O subsistema rodoviário, de vital importância para o Estado e, também,
para o MERCOSUL, estende-se por todas as direções, conectando os principais
municípios entre si e com a capital, além de garantir acesso aos portos.
No sentido norte-sul, esta malha estende-se desde Santa Catarina até a
fronteira do Brasil com o Uruguai e, no sentido leste-oeste, as rodovias cruzam
o Rio Grande do Sul, desde a costa Atlântica até a fronteira com a Argentina.
O transporte ferroviário no Estado é operado pela América Latina
Logística do Brasil S.A., como resultado da “privatização” da SR-6 da RFFSA.
A malha ferroviária estende-se, também, por todo o Estado, cruzando-o
longitudinal e transversalmente.
A ela se reserva um papel importante
no escoamento das safras agrícolas do Rio Grande do Sul,
principalmente soja, além de também ser estratégica sob a ótica do MERCOSUL.
O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com maior vocação para
o desenvolvimento do transporte hidroviário, já apresentando iniciativas
concretas, e bem sucedidas, de aproveitamento deste seu potencial.
Com relação aos portos, merecem destaque os portos de Porto Alegre e
Rio Grande que, juntamente com o de Pelotas, são operados mediante concessão do
Governo Federal ao Governo Estadual.
Ainda sobre o Porto de Rio Grande, vale ressaltar que ele foi incluído
no Projeto Brasil em Ação, do Governo Federal, em 1999. A análise do impacto
financeiro do projeto apresentou ganhos financeiros pelo aprofundamento do
porto, em razão da captação de cargas da região da Bacia do Prata, tendo em
vista a utilização de navios de grande porte.
Quanto ao transporte urbano, ressalta-se a participação do Governo
Federal na prestação deste serviço, via modalidade ferroviária, através da
TRENSURB, embora esteja prevista a transferência deste serviço ao Estado,
conforme preceitua a Constituição Federal de 1988.
O estado conta ainda com o Gasoduto Brasil - Bolívia, concluído e
inaugurado em março deste ano. Com 3.150 km de extensão e orçado em US$ 2
bilhões, o gasoduto disponibiliza gás natural a cinco estados brasileiros: MS,
SP, PR, SC e RS.
O estado do Rio Grande do Sul conta com uma malha rodoviária de 152.192
km, dos quais 5.360 km são federais, 9.577 km estaduais e 137.255 km
municipais. Deste total 10.332 km são pavimentados.
Em 04/03/97, foi assinado com a CONCEPA, o contrato de concessão da
exploração da BR-290/RS, trecho Osório – Porto Alegre – Acesso a Guaíba, com
extensão de 112,3 km.
A empresa será responsável pelo trecho por um período de 20 anos e
investirá na rodovia cerca de R$ 106 milhões.
No Programa de Concessões de Rodovias Federais do DNER, já foram
delegadas ao estado do Rio Grande do sul 2.843 km de rodovias, sendo que 1.968 km já foram concedidos à iniciativa privada.
A 2ª fase do projeto Rodovia do Mercosul, no “Programa Brasil em Ação” do Governo Federal, compreende a restauração e duplicação do trecho Florianópolis – Osório com 400 km de extensão (300 km em Santa Catarina e 100 km do Rio Grande do Sul). A obra tem custo estimado em US$ 870 milhões, sendo US$ 322 milhões do BID, US$ 322 milhões do Eximbank e US$ 226 milhões da União.
Em fase final de elaboração do projeto de engenharia e entendimentos
com o BID e o EXIMBANK do Japão para financiamento das obras, este trecho
encontra-se no Programa de Concessões de Rodovias Federais e deverá ser
licitado ainda este ano.
Sob a ótica de importância estratégica do sistema de transportes do
Estado para o MERCOSUL, ressalta-se a construção, sob regime de concessão
privada, da Ponte São Borja - Santo Tomé (Argentina), que já se encontra em
operação desde dezembro de 1997, servindo como alternativa ao fluxo de cargas
que passa na estação aduaneira de Uruguaiana.
O Ministério dos Transportes implantou o “Programa de Revitalização dos Eixos Rodoviários” com o objetivo de revitalizar os principais eixos rodoviários da Malha Federal, sob jurisdição do Governo Federal, responsáveis pelos maiores fluxos de carga e passageiros no País. O valor previsto para o programa, em 1999, foi de R$ 42 milhões, com extensão da malha a ser atingida de 15.771 km.
No estado do Rio Grande do Sul foram aplicados, no programa, em 1999,
R$ 491 mil no trecho BR-101 - Div. SC/RS ao Entr. BR-290, com 100 km de
extensão.
Foi realizado também o “Programa de Conservação Rotineira” com
o objetivo de executar imediatamente todos os serviços de conservação rotineira dos trechos não atingidos pelo “Programa de Revitalização dos Eixos Rodoviários Nacionais”.
O valor previsto para este programa, em 1999, foi de R$ 66,3 milhões
sendo R$ 38,1 milhões para conservação e R$ 28,2 milhões para restauração.
No estado do Rio Grande do Sul foram aplicados recursos, de R$ 1,3
milhão em contratos de conservação e
R$ 7,2 milhões em contratos restauração.
O Ministério dos Transportes pretende iniciar em setembro o “Programa
Integrado de Recuperação e Conservação da Rede de Rodovias Federais - CREMA”.
Este programa objetiva a execução, por um período de 5 anos, de
serviços de recuperação e manutenção em um conjunto de trechos de rodovias
federais, envolvendo segmentos em bom estado e trechos em condições estruturais
ou funcionais deficientes.
A 1ª etapa do programa contemplará 5.793 km de rodovias federais e
estima-se a aplicação de recursos da ordem de US$ 230 milhões.
No estado do Rio Grande do Sul constam da 1ª etapa do programa os
trechos:
BR-290 - entr. BR-473 ao
entr. BR-293, com 312 km de extensão.
BR-285 - entr. BR-392 ao
entr. BR-287, com 180 km de extensão.
Em Km
|
JURISDIÇÃO/ SITUAÇÃO |
FEDERAL (DNER) |
% |
ESTADUAL |
% |
ESTADUAL TRANSIT. |
% |
MUNICIPAL |
% |
TOTAL (RS) (A) |
TOTAL BRASIL (B) |
A/B (%) |
|
PAVIMENTADA |
5.001,4 |
93,3 |
3.683,8 |
49,6 |
948,1 |
44,2 |
699,0 |
0,5 |
10.332,3 |
164.247,0 |
6,2 |
|
NÃO PAVIMENTADA |
208,6 |
3,9 |
2.457,2 |
33,0 |
848,3 |
39,6 |
136.556,0 |
99,5 |
140.070,2 |
1.548.905,5 |
9,0 |
|
EM PAVIMENTAÇÃO |
150,2 |
2,8 |
1.292,2 |
17,4 |
347,8 |
16,2 |
- |
- |
1.790,2 |
10.130,0 |
17,7 |
|
SUBTOTAL |
5.360,2 |
100 |
7.433,0 |
100 |
2.144,2 |
100 |
137.255,0 |
100 |
152.192,6 |
1.723.282,5 |
8,8 |
|
EM IMPLANTAÇÃO |
- |
112,4 |
- |
- |
112,4 |
1.641,9 |
6,8 |
||||
|
PLANEJADA |
1.151,8 |
1.085,1 |
- |
1.993,0 |
4.229,9 |
151.243,5 |
2,8 |
||||
|
TOTAL |
6.512,0 |
8.630,7 |
2.144,2 |
139.248,0 |
156.534,9 |
1.876.167,9 |
8,3 |
||||
FONTE: DNER - 1999.
OBS: Rodovias
Estaduais Transitórias: rodovias estaduais existentes, listadas e
codificadas como BRs, cujos traçados
coincidem com diretrizes de
rodovias federais
planejadas relacionadas na Rede Rodoviária do PNV.
A malha ferroviária do Rio Grande do Sul tem 3.332 km e as suas
principais ligações são:
q Porto Alegre - Santa
Maria - Cacequi - Uruguaiana: corta todo o estado no sentido transversal;
possui 684 km e é a mais importante rota ferroviária de integração com o
MERCOSUL;
q Cacequi - Pelotas - Rio
Grande: com 472 km, é o único acesso ferroviário ao Porto de Rio Grande;
q Lages - Roca Sales -
General Luz: prolongamento do Tronco Sul, é o principal escoadouro
ferroviário do Corredor Sul, com 394 km de extensão;
q Santa Rosa - Santo Angelo
- Cruz Alta - Santa Maria: com uma extensão de 310 km, atravessa a
principal região produtora de soja do Estado.
A Ferrovia Sul-Atlântico S.A., hoje América Latina Logística do Brasil
S.A., empresa formada pelo Consórcio vencedor do leilão de “privatização” da
Malha Sul da RFFSA, é constituída pelas antigas SR-5 e SR-6, abrangendo os
estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
A concessionária investiu na malha, cerca de R$ 100 milhões no biênio 97/98, R$ 90 milhões em 99 e prevê investir R$ 70 milhões no biênio 2000/2001.
A produção de transporte verificada em 1999 foi de 9,0 bilhões de TKU.
As principais cargas movimentadas são farelo de soja, soja, arroz,
açúcar, álcool, derivados de petróleo e milho, sendo os principais clientes a
Cargil, a Adubos Trevo, a Incobrasa.
A prestação dos serviços de transporte ferroviário urbano pelo Governo
Federal está em processo de estadualização, segundo preceitua a Constituição
Federal em vigor. A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. - TRENSURB
está incluída neste processo, e as negociações com o governo local estão em
andamento.
Na Linha 1 (trecho Mercado/Porto Alegre - São Leopoldo), a conclusão
parcial de 3,9 km da Expansão Norte, permitiu
que o segmento Estação Sapucaia/Estação Unisinos entrasse em operação em
dezembro de 1997, agregando ao Sistema uma demanda adicional de 12.000
usuários/dia.
A implantação dos restantes
2,45 km encontra-se em ritmo
acelerado, prevendo-se com a conclusão e operação da Estação São
Leopoldo/Centro, atingir-se, no total, um acréscimo de demanda da ordem de
40.000 usuários/dia.
Destaca-se também, a contratação em março de 1998, do Projeto Básico de
Engenharia e Editais da Linha 2 (Corredor Nordeste/Sudeste de Porto Alegre) e
conexão Linha 1 - Linha 2; dos Estudos de Viabilidade das Extensões Azenha -
Viamão, Triângulo - Alvorada, Sarandi - Cachoeirinha - Gravataí, e de
consultoria para obtenção de financiamento para a implantação da Linha 2 e para
a Conexão à Linha 1.
O percurso total Sarandi - Azenha, incluindo a Conexão Linha 2/Linha 1,
é de aproximadamente 20 km, estão previstas 18 estações e o custo está estimado
em R$ 962 milhões.
EMPRESA
DE TRENS URBANOS DE PORTO ALEGRE - TRENSURB
DADOS
GERAIS
|
DISCRIMINAÇÃO |
1997 |
|
Trecho Extensão Estações Empregados Disponibilidade da frota |
Mercado
/ Unisinos 31,700
km 16 1.057 69,3 % |
Fonte: Relatório de
Atividades - TRENSURB.
PRODUÇÃO
DO TRANSPORTE
|
DISCRIMINAÇÃO |
1996 |
1997 |
|
Passageiros
(Em
103) Passageiros/km (Em
106) |
31.248 360 |
31.476 362 |
Fonte: TRENSURB
Atualmente a administração das hidrovias do Sul é
realizada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP.
Duas ligações hidroviárias merecem destaque:
q Estrela - Lagoa dos Patos
- Rio Grande: com 440 km de extensão, é formada pelo Rio Taquari,
afluente do Jacuí, pelo Rio Guaíba e
Lagoa dos Patos. O Porto Fluvial de Estrela constitui-se em um importante
entroncamento rodo-ferro-hidroviário.
q Cachoeira do
Sul - Lagoa dos Patos - Rio Grande: formada pelo Rio Jacuí, Rio
Guaíba e Lagoa dos Patos. Nesta ligação, localizam-se os terminais
rodo-ferro-hidroviários de Cachoeira do Sul e de Charqueadas, este último
especializado na movimentação de carvão.
